quarta-feira, 14 de outubro de 2009

CURIOSIDADES SOBRE O FORTE

Walner Barros Spencer

Serviu de apoio à conquista do Ceará, Pará, Maranhão e o restante do Norte do Brasil.

Possui um sistema de captação de águas pluviais que era armazenada em uma grande cisterna.

No centro da Praça de Armas, sob a abóbada que sustenta a Casa da Pólvora, existe um poço que, nas marés altas, oferece água doce, e cuja construção é, conforma alguns pesquisadores, responsabilidade dos holandeses.

A Casa da Pólvora era elevada para que a pólvora negra, usada nos primeiros séculos, não absorvesse umidade.

A Capela primitiva era a um canto da construção e possuía um alpendre. Alguns poucos vestígios deste alpendre foram encontrados na campanha arqueológica de 1994.

As escadas da Casa da Pólvora e da Cisterna são do século XVIII quando de uma das reformas da Fortaleza.

Por detrás da Casa da Pólvora foi encontrada, durante escavações arqueológicas, em 1994, parte da estrutura de um fogão, feito de pedras amontoadas e que é da época da construção do Forte. Junto havia vestígios de escória de chumbo derretido para fazer pelouro.

No pavimento superior existia um cais estratégico por onde era possível abastecer o Forte por barcos. Os volumes eram erguidos através de uma grua manual. Coincide com a abertura que chamam de ‘porta falsa’ que permitia as pessoas embarcarem em condições de cerco, pois o Forte fica isolado durante as marés cheias.

A fortificação foi residência de muitos Capitães-mores.

Vultos importantes marcaram presença no Forte, dentre eles o Conde Maurício de Nassau, Franz Post, Barleus, Eckout, Felipe Camarão, Calabar, Jaguarari, Potiguassu, Jacob Rabi, Janduí, Antônio Paraupaba, Jacumã, Pero Coelho, Padre Luiz Figueira, Padre Francisco Pinto.

Serviu de prisão a heróis e mártires, bem como viu finarem-se outros. Dela saíram tropas holandesas para massacrarem moradores portugueses no Engenho Ferreiro Torto e Uruaçu, na região de Macaíba. Pessoas sensitivas dizem já ter visto imagens fantasmagóricas circulando pelo local.

Conforme alguns pesquisadores, existiu um ‘quarto escuro’ no subsolo da Praça de Armas, construído pelos holandeses, mas que não foi encontrado na metade da Praça que foi escavada.

A parte posterior do calçamento do pátio central é, muito provavelmente, de meados do século XVIII, e adota o estilo de calçamento dito açoriano: um quadrado reforçado de pedras largas preenchido com pedras menores não encaixantes.

Segundo Raul de Valença, a construção do Forte se deu quando “as necessidades de ordem militar e econômica forçaram os portugueses a expulsar os franceses do território potiguar, a fim de tornarem mais efetivo o seu domínio sobre a terra conquistada, surge o Rio Grande como fator geográfico de acentuada importância. Por constituir uma magnífica via de penetração, que permitiria aos lusos estenderem o seu domínio terra adentro, transformou-se o Rio Grande em ponto de apoio para a fixação dos colonizadores no solo potiguar”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário