quinta-feira, 17 de março de 2011
Além dos muros provincianos
Um verdadeiro arauto da contracultura potiguar, o poeta Carlos Gurgel relembra também seus tempos de "Power" e "Flower" e suas influências. "Pelo Brasil, minhas influências iam desde o cinema alucinógeno e libertário de Glauber Rocha; o teatro louco e precioso de José Celso Martinez, passando pela voz insana e terrivelmente passional de Gal Costa; das intrincadas poesias e melodias do insuperável Caetano Veloso; da negritude sonora do irrepreensível Gilberto Gil; da jóia lapidada dos Mutantes, que se perpetua como eterna referência; de José Roberto Aguillar, tão irmão e devastador, apocalíptico poeta; de Hélio Oiticica com seus 'Parangolés' recheados de interfaces e símbolos; do genial Káos Jorge Mautner; de Torquato Neto assim como "um pássaro que distribuía cânticos e preces tropicalistas, Daminhão Experiença, tão assim carroça e cajado para seus desvarios com o rock e com a palavra, da coluna ‘Contracultura’; de Luis Carlos Maciel, no Pasquim; dos geniais jornais Presença e Flor do Mal; das revistas Bondinho e Música do Planeta Terra; da alimentação integral que até hoje pratico; Yoga com José Hermógenes; Festival do Sol, no Juvenal Lamartine com os Novos Baianos, e de tanto 'ínsights' que me esqueci", recorda.
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